quarta-feira, 26 de agosto de 2015

2ª Jornada - Paços (mais uns apontamentos)

A primeira jornada já tinha levado com uma das piores sequências de más decisões que já alguma vez foram vistas no mundo do futebol.
Este jogo subiu a parada.

Mas já lá vamos, primeiro falemos de futebol:

O Sporting tem que melhorar o seu jogo. Não jogou mal, mas pode e deve fazer melhor. Mas já se nota a influência do JJ. O que ele fez com o Gelson Fernandes foi para lá de desumano. O internacional suiço estava encostado este tempo todo, JJ pegou nele e fez de um trinco tosco, sabe-se lá como, um jovem extremo talentoso.

Uma palavra acerca dos nossos adversários, conseguiram criar-nos dificuldades, deram ares de ter um bom colectivo. Isto poderá ter sido por obra de Jorge Simão (que é mais conhecido por, enquanto jogador, ter sido a figura de uma polémica transferência quando, num quente verão de 2002, trocou o Fanhões pelo Carregado), ou poderá ter sido porque o Sporting jogou pior do que a minha lucidez permite avaliar, e então enalteci os gajos. Poderia dizer que irei ver com o tempo, mas seria mentira; não vou ver coisa nenhuma. Porque na realidade estou-me a cagar para o Paços de Ferreira. (não por desrespeito, apenas estou interessado noutras coisas).

Claro que a estrela do jogo não era de nenhuma das duas equipas: o árbitro Manuel Oliveira.
A frieza defensiva do Paços deveu-se, sem demérito dos castores, à sua imunidade aos amarelos. Tiveram a dar pau o jogo todo, sem ter nenhum amarelo. O árbitro só deu amarelos após o golo, aos 80 minutos. E, ao fazê-lo, parou para conversar com os jogadores do pacenses.
Houve um amarelo dado ao longo do jogo: foi ao Slimani. E porque é que o Bola de Ouro Magrebino 2014 levou amarelo? Por tentar cabecear uma bola. Tinha um comentariozinho engraçado para fazer acerca disto, mas, enquanto escrevia a situação por extenso, tive uma daquelas dores na parte de trás da cabeça, de quando trincamos demasiado um gelado.
Agora que já estou melhor, passo directamente para Pièce de Résistance:

Aos 80 minutos de jogo, Manuel Almeida, por motivo absolutamente nenhum, pára o jogo, expulsa um gajo do Sporting, e mete a bola no meio da área, para um jogador do Paços chutar à vontade.
Não só desconheço por completo a legislação que permite todo este procedimento aliatório, como, ao ler por aí que se tratava de um pénalti, continuo sem conseguir detectar qualquer tipo de infracção.
Já li por aí coisas como “há uma agressão (…) mas o vermelho é exagerado” e “não há infracção, mas é pénalti”. O que me torna ainda mais confuso.
De qualquer modo, uma falta naquela situação, só poderá dar origem a vermelho directo em 2 situações: ou em situação de golo iminente ou em caso de agressão.
Bem, tendo em conta que a bola estava confortável nas mãos do Patrício no momento em que o árbitro assinala seja o que for que assinalou, temos as seguintes possibilidades:

1- O árbitro considerou que houve agressão de João Pereira
2- O árbitro não conhece as regras
3- O árbitro assinalou qualquer merda de propósito ao ver um gajo no chão para que soframos golo
4- Afinal aquilo com o Tondela foi legal, é oficialmente legal tocar com a mão na nossa área, e o avançado do Paços estava livre para tirar a bola das mãos do Rui Patrício e atirá-la para o fundo da baliza

Uma destas é mais plausível que as outras.


Outra possibilidade é o homem querer fazer jus ao nome. Ele é um árbitro. Se formos ao dicionário e procurarmos “arbitrário”, vemos:

ar.bi.trá.ri:o
  1. que age segundo sua própria vontade, sem se basear em regras preestabelecidas

Não vou mentir, isto deixou-me a suspeitar conspiração. É muito improvável alguém assinalar alguma coisa ali sem ser de propósito. Todos já tivemos discussões acerca de um pénalti em que alguém argumentou “isto no meio campo era falta”. Isto é ao contrário. Isto no meio campo não era falta. Ou seja, numa situação que não colocasse o Sporting numa situação muito provável de empatar, não seria assinalado. Esta ideia é exacerbada quando visualizamos o jogo uma 2ª vez e vemos o resto da actuação do árbitro.

Este tipo de situações acontece sempre que o Sporting é um potencial candidato. Nunca vejo arbitragens “manhosas” quando estamos a 20 pontos do primeiro.

De qualquer modo, não podemos culpar um eventual ‘sistema' se nós somos a própria causa da sua existência.
Passo a explicar - se culpamos o estilo de jogo e o jogador que foi expulso, por consequência de uma decisão aleatória de arbitragem, então estamos a servir o tal “sistema” de que se fala, quer esse exista, quer não. Basicamente o árbitro deu-nos uma semente, ninguém nos manda plantá-la.


Ralph Meade

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